quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Felizes para sempre


Ontem em uma conversa informal uma família julgava um casamento não aprovado pelos pais da noiva (negra) com um rapaz, simplesmente pelo único fato do rapaz ser negro. Como assim?

Primeiro, o cara é do bem? leal? de bom caráter? Sim para todas as respostas. Mas é negro? Cancela o teste.

Ou seja, tudo o que ele é como ser humano, tudo que cultiva na sua alma é desvalorizado pelo tom da pele ao ponto dos pais se negarem a aceitar a união por amor dele com a sua filha (lembre: também negra).

Quando eu questionei que os valores estão invertidos e no caso deveriam olhar o caráter e não a pele, um argumentou com mais absurdo ainda "um pai sonha com um ideal para a sua filha".


É o cumulo da pretensão, o que você sonha para o seu filho? um cara branco, com olhos azuis e mal caráter? bingo!


Além de tudo o fato que me impressionou muito foi a naturalidade com que tudo isso foi dito, como se fosse uma lógica, algo já acertado e claramente correto.


Muito se fala sobre preconceito, xingamentos, etc, mas ele é instalado de uma maneira tão astuta que parece impossível combater. É muito sério, muito mais do que imaginamos ser.

Façamos a nossa parte, sem "brincadeiras", sem cultivo pelo preconceito embutido de maneira engraçada. Esse é só o que pude ver nessa experiência, quanto preconceito pelos gordos, magros demais, albinos, e vários outros. Quanto você vale?

Um comentário:

Coração da Nena disse...

Caramba Tatá, isso é real. São os valores que realmente são inversos.
Beijos.